segunda-feira, 28 de março de 2011


29 de março...


...de 2005 - O debate público sobre o

Impacto Ambiental

da New Horizons Pluto Mission


No dia 29 de março de 2005, o setor de comunicação social da NASA realizou uma conferência pública, na Central de Notícias do Kennedy Space Center, para analisar a Declaração de Impacto Ambiental (Draft Environmental Impact Statement - DEIS) da missão New Horizons a Plutão, cujo lançamento ocorreu no dia 19 de janeiro do ano seguinte, 2006.


O período de objeções ou comentários públicos foi de 45 dias e terminou em 11 de abril de 2005. Nos dias 29 e 30 de março foram realizadas reuniões abertas ao público no Florida Solar Energy Center em Cocoa, Florida, onde foram informados os objetivos da missão New Horizons, bem como esclarecer as implicações ambientais relacionadas ao projeto, visando atender o National Envorinmental Policy Act. A NASA apresentou os meios de comunicação que estariam disponíveis para acesso às informações da missão, bem como o Projeto de Declaração de Impacto Ambiental do projeto.

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Aspectos técnicos:


"A fonte de energia para a nave espacial, um gerador termoelétrico de radioisótopos (RTG), utiliza o calor do decaimento de dióxido de plutónio para produzir electricidade. O DEIS analisa os potenciais impactos ambientais em três cenários: um lançamento normal, um acidente de lançamento com nenhuma liberação radiológica da RTG, e lançar um acidente envolvendo uma liberação radiológica." (Kennedey Space Center, release 27.05)


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A data de lançamento da New Horizons, até então, era prevista para 11 de janeiro de 2006. Foi lançada em 19/1/2006. Atualmente encnotra-se além da metade do percurso, com aproximação final do sistema Plutão-Caronte previsto para 2015.



...de 1807 - Vesta, o quarto asteróide


O médico e astrônomo prussiano Heinrich Olbers (1758-1840), em Bremen, Prussia, descobriu o quarto asteróide, Vesta, em 29 de março de 1807 .


Até então:

Giuseppe Piazzi, em Palermo, Sicília, descobrira Ceres em 1/1/1801

O mesmo Olbers, em Bremen, Prussia, descobrira Pallas em 28/3/1802

Karl Harging, em Lilienthal, Baixa Saxônia, descobrira Juno em 1/9/1804


Este período de pouco mais de seis anos entre Janeiro de 1801 e Março de 1807 foi um dos mais exuberantes da história da astronomia. Os quatro astros descobertos apresentam características astrofísicas distintas, como se sabe atualmente, sendo fonte riquíssima para o estudo da origem e evolução do Sistema Solar. Por outro lado, as descobertas foram feitas com recursos tecnológicos limitadíssimos, cabendo os méritos muito mais à obstinação destes homens: Piazzi, Olbers e Harding. Em 1801 o Sistema Solar contava com sete "planetas" conhecidos (Netuno ainda viria a ser descoberto, em 1840) e alguns satélites naturais. Teoricamente os quatro asteróides expandiam em praticamente 50% todo o conhecimento angariado pela civilização até então. Contudo, os asteróides constituíram uma decepção para a cultura ansiosa, que esperava encontrar entre as órbitas de Marte e Júpiter um verdadeiro "planeta" (embora não existisse, como ainda não existe, uma definição clara para o que venha a ser um "planeta").


A busca por asteróides, depois desta fase de grande atividade e eficácia, mergulhou num período de silêncio que duraria 38 anos, oito meses e nove dias, até a estréia de Karl Hencke com a descoberta do asteróide Astraea (8/12/1845).


A descoberta dos primeiros quatro asteróides foi originada por um estímulo dado pela descoberta do astro Urano. Urano estava onde a "lei de Bode" indicava que ele deveria estar. Logo, os astrônomos concluíram que a "lei de Bode" deveria estar certa e, indo além, constataram que ela indicava a existência de um "planeta" numa órbita entre Marte e Júpiter. Começaram a procurar ansiosamente aquilo que eles definiam como "planeta" embora, é bom frisar isto, não soubessem definir claramente o que seria um "planeta". Toparam com um rico acervo de astros. Mas não deram a estes astros a devida importância.


Talvez a grande ansiedade fosse em torno de encontrar uma possibilidade de vida extraterrestre mas, para isso, uns astros tão pequenos, sem água e sem atmosfera não apresentavam absolutamente nada de promissor. Um fato marcante é que a retomada das descobertas de astreróides deu-se quase ao mesmo tempo em que o "planeta" seguinte foi descoberto: Netuno, em 1846.