segunda-feira, 21 de março de 2011

25 de março



2001 - SOHO chega a 300 cometas descobertos


No dia 25 de março de 2001, há dez anos, o SOHO (Solar and Heliospheric Observatory - Observatório Solar e Heliosférico; projeto conjunto NASA-ESA), um satélite lançado primeiramente para estudar o Sol, acabou se mostrando um ótimo caçador de cometas ao detectar o seu 300º cometa.

Até o início do uso do telescópio no começo do século 17, eram conhecidos pouco mais de 400 cometas. Este número dobrou em 350 anos, chegando em cerca de 1000 nos anos da década de 1950. Hoje o número total de cometas conhecidos e catalogados ronda os 5 mil.


Histórico dos cometas descobertos pelo SOHO:

2 de dezembro de 1995..... Lançamento


24 de fevereiro de 2000... 100

31 de agosto de 2000........ 200

25 de março de 2001..........300

26 de fevereito de 2002.....400

14 de agosto de 2002..........500

29 de abril de 2003.............600

2 de dezembro de 2003......700

11 de junho de 2004........... 800

17 de agosto de 2005......... 1000

26 de dezembro de 2010... 2ooo


1996 - O cometa Hyakutake passa a 0,10 UA da Terra.

http://www.unm.edu/~tbeach/gifs/Hyakutake.gif




Foto: Thomas Beach (http://www.unm.edu/~tbeach/astrophotos.html)

http://www.kui.name/images/APOD//1996/hyakutake_25marhst_big.gif

http://www.solarviews.com/portug/comet.htm


Não há dia sem problemas...

A tarde do dia 25 de março de 1978, na plataforma LC 40 do Centro Espacial Kennedy em Cabo Canaveral, até que merecia a banda de música da guarnição militar mais próxima. Um poderoso foguete Titan 3C, "turbinado" com dois "boosters" de combustível sólido, carregando em sua ponta dois satélites militares de comunicação, encerrou a contagem regressiva e recebeu o "lift off" às 16:09 horas locais e subiu estrepitosamente. O primeiro estágio queimou totalmente e, no momento de o segundo estágio entrar em ignição, uma bomba hidráulica não funcionou e... o foguete veio abaixo. Caiu no mar.


1961 - Meteorito de Kulak, Paquistão


http://www.lpi.usra.edu/meteor/images/header.jpg
http://www.lpi.usra.edu/meteor/metbull.php?code=12369

No dia 25 de março de 1961 às 17:30 (hora local) um meteorito rochoso de classe L5 (Olivina-hiperstênio condrito) caiu na localidade de Kulak, Paquistão Ocidental. A queda foi observada e foi localizado um fragmento com massa de 454 gramas. Está registrado no The Meteoritical Bulletin, nº 52.


Nome: kulak Sinônimo: Kalak

Local da queda: Na aldeia de Kulak, perto Qilla Abdullah, distrito de Quetta, Pishin, no Paquistão Ocidental. 30°43'52"N, 66°48'8 E".

Data de queda: 25 março de 1961, às 17:30 (oeste do Paquistão Standard Time).

Classe e tipo: Stone. Condrito olivina-hiperstênio (L5).

Número de espécimes individuais: 2

Peso total: Uma amostra de 454g, preservada, e uma de tamanho aproximadamente igual que já foi perdida.

As circunstâncias da queda: Duas amostras foram coletadas, tendo caído uma a leste da vila e outra a oeste. Não houve relatos de efeitos de luz ou som produzido pela queda. O restante é uma amostra que está com o Serviço Geológico do Brasil, e uma amostra de 85g que está no Museu Britânico (História Natural).

Fonte: Graham AL. 1973. 1973. The Kulak Meteorite - An L5 Fall.Meteoritics 8, 181-183. O meteorito Kulak - Um L5 Fall.Meteoritics 8, 181-183.



1811 - Honoré Flaugergues descobre o Grande Cometa de 1811


No dia 25 de março de 1811 o médico, arqueólogo e astrônomo francês Honoré Flaugergues (1755-1830) descobriu um cometa a 2,7 UA (Unidades Astronômicas) de distância, na extinta constelação de Argo Navis, hoje repartida nas constelações de Carina, Puppis e Vela. O cometa se tornou, no perigeu, entre Outubro e Dezembro de 1811, o maior espetáculo celeste do século 19. O C/1811 F1 ficou visível à vista desarmada durante 260 dias; sua cauda, dupla, cobriu até 60º do céu.

Flaugergues foi co-descobridor de mais um cometa, o de 1807. Fez também observações de Marte e teria sido o primeiro astrônomo a presenciar uma tempestade marciana. Seu nome foi dado a uma cratera de Marte. Deixou muitas anotações na Biblioteca do Observatório de Paris; mostrou a influência da Lua na atmosfera terrestre e foi um pioneiro na questão do achatamento dos polos terrestres. Nasceu em Vivier, França, no dia 16 de maio de 1755 e morreu em 20 de novembro de 1830.



1655 - Huygens descobre Titan

http://eternosaprendizes.com/2010/03/25/25-de-marco-de-1655-huygens-descobre-tita/



http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/84/Titan_in_natural_color_Cassini.jpg/220px-Titan_in_natural_color_Cassini.jpg
Titã é a maior lua de Saturno e a segunda maior lua do Sistema Solar

No dia 25 de março de 1655, início de primavera no hemisfério Norte, há 356 anos, o astrônomo holandês Christiaan Huygens descobriu o maior satélite de Saturno, Titã, um astro com diâmetro quase 1,5 vezes maior que a Lua, envolto numa densa atmosfera que reflete numa tonalidade alaranjada.

Huygens representa o passo seguinte a Galileu, na evolução da astronomia. Galileu, falecido em 1642, supunha que Saturno fosse um sistema triplo – uma possibilidade plausível, sim, mas um engano causado pela limitação do telescópio por ele utilizado. Huygens corrigiu o engano e deu um passo a frente, esclarecendo que as “protuberâncias” laterais de Saturno eram anéis.

A diferença entre as distâncias, da Terra aos astros descobertos por Galileu e por Huygens, mostram ainda mais claramente a evolução. Os quatro satélites de Júpiter descobertos por Galileu em 1609 estão a uma distância de cerca de 630 milhões de quilômetros da Terra, na condição em que Galileu os focalizou com sua pequena luneta. Usando um telescópio um pouco maior, o olho de Huygens atingiu Titã a quase 1,3 bilhão de quilômetros.

Galileu fez parte de uma geração de pioneiros na observação do Sol. Huygens, um pouco mais adiante, inicia o estudo da luz e debate sobre a sua natureza, ondulatória ou corpuscular, com ninguém menos do que Newton. O seu “Tratado sobre a luz” é uma obra antológica.

Huygens entrou na faculdade aos 16 anos. Aos 22 publicou um trabalho sobre geometria (Theoremata de quadratura hyperboles, ellypsis et circulli – 1651) e mais tarde foi convidado por Luiz XIV para integrar o núcleo do que viria a ser a Academia de Ciências de Paris. Sempre se dedicou ao estudo do pêndulo, especialmente na aplicação em relógios. Descobriu Titã aos 26 anos. Faleceu em 1695, aos 66 anos, tendo construído uma biografia sofisticada e marcada por uma relação honesta e serena com a ciência.


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Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronautica
Qui, 25 de Março de 2010 16:16
Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronautica

SITE: http://www.oba.org.br

http://www.iau.org/static/banners/oad.jpghttp://observatoriophoenix.astrodatabase.net/n_telesc/24_N04_1.gif




24 de março


1961 - O dia em que Wernher von Braun "amarelou"

http://www.universetoday.com/wp-content/uploads/2010/08/Alan-Shepard-First-American-in-Space.jpg
A prudência de Wernher von Braun fez com que Shepard perdesse a chance de ser o primeiro homem a estar no espaço

A NASA tinha um voo semi-orbital tripulado, marcado para o dia 24 de março de 1961, três semanas antes do vôo do soviético Yuri Gagarin. A nave que seria lançada era a Mercury MR-3A, apelidada Freedom 7, que teria como tripulante Alan Shepard (1923-1998) e como tripulante reserva Virgil Ivan "Gus" Grisson (1926-1967).

Porém, problemas havidos com os propulsores do vôo de teste da Mercury MR-2, feito em 31 de janeiro daquele ano e que lançara o chimpanzé Ham a uma altitude de 157 milhas num vôo de 16,5 minutos, levaram Wernher von Braun a uma atitude defensiva. Ele sugeriu um vôo de teste não tripulado, contra a vontade de muitos, inclusive Shepard. A prudência de von Braun foi vencedora e uma capsula Mercury sem tripulantes foi lançada. O teste foi perfeito, neste dia 24 de março de 1961.

Uma ironia é que, se a maioria tivesse vencido e a prudência desencessária de Wernher von Braun não tivesse prevalecido, a Freedom 7 teria voado com Shepard dentro dela e ele teria sido o primeiro homem no espaço, embora não numa órbita completa, antecipando-se ao vôo do soviético Yuri Gagarin, realizado no dia 12 de abril.


Não há dia sem problemas...

24 de março de 2006 - Um parafuso enferrujado causou um incêndio no motor de um foguete Falcon 1, no dia 24 de março de 2006, 25 segundos após o lançamento feito às 22:30 (horário de Greenwich), da base de Ilha Omelek, República das Ilhas Marshal. O foguete caiu no mar, mas a cápsula contendo o satélite pousou sem danos.

24 de março de 1987 -
Um foguete indiano ASLV de combustível sólido lançado da base de Sriharikota, conduzindo um satélite de pesquisa magnetosférica, não realizou a ignição do segundo estágio, a 10 km de altura, e caiu. Danos totais.

24 de março de 1966 -
Um foguete russo UR - 500, lançado de Baikonur, conduzindo um satélite de pesquisa astronômica em raio-X, não conseguiu fazer funcionar o segundo estágio e caiu. O prejuizo foi total.


24 de março de 1964 - Um foguete Thor Agena D SLV-2A/D lançado da Base Aérea de Vandemberg, California, e conduzindo quatro satélites militares do tipo KH-4A, não



1316 - Último eclipse da série 89 de Saros


http://eclipse.gsfc.nasa.gov/SEsarosanimate/089.gif

http://eclipse.gsfc.nasa.gov/image/bannerEclipse2008.jpg
http://eclipse.gsfc.nasa.gov/eclipse.html



Sempre é dia de ironia...


http://farm1.static.flickr.com/75/229179462_53c4cb5706_o.jpg
Comece a chamar Plutão de asteróide... e ele começará a se comportar com um.
23 de março


2010 - Imagens do espaço profundo


http://www.universetoday.com/wp-content/uploads/2010/01/6059_14307_1.jpg

Cinco gerações de astrônomos relutariam em acreditar que algo assim como esta foto algum dia fosse possível, ou viveram maravilhados com esta possibilidade. Um dos astrônomos que merece a dedicatória desta imagem é Giovanni Domenico Cassini (1725-1712) que descobriu os satélites Tetis e Dione em 1864. No dia 23 de março de 2010 a sonda Cassini (ESA/NASA) obteve esta espetacular imagem dos dois satélites de Saturno, Dione mais próxima e Tethys mais distante.

http://www.nasa.gov/images/content/61371main_team_banner.jpg




2001 - Reflexões nos Andes Chilenos

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http://www.eso.org/public/news/eso0112/


http://www.eso.org/public/archives/images/newsfeature/eso0112a.jpg
Cerro Paranal, alto dos Andes, Chile. O maior objeto ótico já construido gera descobertas e reflexões.

A epopéia da astronomia é a própria busca do Hommo sapiens pela sua origem, seu futuro e suas razões. Talvez por ser assim, tão grandiosa de objetivo e ao mesmo tempo tão fundamental e singela de conteudo, a astronomia seja também tão rica em reflexões e buscas.

As biografias e as ferramentas são requintadas, do grego Aristarco ao americano Lowel, do sextante de navegação ao telescópio orbital. Os locais são sempre exuberantes, da trilha de Siding Spring, na Austrália, ao cume de Mauna Kea, no Hawai. Os meios são notavelmente éticos - a ética da observação lúcida e da demonstração racional.

E há biografias, grandes biografias: O humilde catalogador de estrelas de Palermo e sua brilhante passagem pelos asteróides; o frísio que nos fez ver os cometas na borda externa do Sistema Solar; o pomerano que anotou a revolução do todo; o genovês que mostrou como medir a velocidade da luz enquanto localizava satélites distantes; o aristocrata de Boston que fez a marcha para as montanhas do Oeste; o toscano de personalidade exuberante que disseminou o vírus incontrolável da verdade...

Vale a pena dar uma lida na reflexão de Hans Herman Heyer, no endereço postado abaixo do título e do logotipo do European Southern Observatory.


2001 - O fim da Estação Espacial Mir

Sucessora das estações Salyut, a Mir gerou a tecnologia que construiu a ISS

No dia 23 de março de 2001, uma nave cargueira Progress, lançada no dia 24 de janeiro daquele ano com uma provisão extra de combustível, realizou uma operação de reboque e conduziu a Estação Espacial Mir, construida pela União Soviética e colocada em órbita no início de 1986, para uma órbita mais baixa, de onde ela reentrou e foi queimada na atmorfera terrestre.

História da Mir
  • 20 de fevereiro de 1986: a Mir é lançada em órbita.
  • 1991: a Mir supera sua expectativa de vida original de cinco anos.
  • 1995: a Atlantis se torna o primeiro ônibus espacial dos EUA a se acoplar com a Mir.
  • 1997: ocorre um incêndio na estação e a nave de carga bate no módulo Spektr.
  • 1998: a Rússia lança seu primeiro módulo para a ISS (Estação Espacial Internacional).
  • 2000: a MirCorp, empresa holandesa, investe milhões para transformar a Mir em um destino para o turismo espacial. Em novembro desse mesmo ano, a Rússia anuncia que destruirá a estação.
  • 23 de março de 2001: a Mir se desintegra.
http://www.roscosmos.ru/img/mini/Logo_FKA_rus.jpg



1989 - "First Light" em La Silla

http://www.eso.org/i/esologo.jpgVery sharp images with the ESO NTT at "first light''http://www.eso.org/public/archives/images/thumbs/eso8903a.jpg

"First light", no jargão da astronomia, é a primeira imagem obtida por um telescópio. No dia 23 de março de 1989 o European Southern Observatory noticiava o início de operação do "revolucionário New Tecnology Telescope (NTT)" com espelho de 3,6 metros de diâmetro do Observatório de La Silla, Andes Chilenos. A cúpula do observatório era classificada como "incomum". Segundo informava o ESO: "Ela inteira gira em sincronia com o telescópio durante as observações. A forma peculiar da cúpula resultou de extensos testes em tunel de vento e garante que há um mínimo de turbulência no ar ao redor do telescópio. Juntamente como o controle ótico ativo, estavam garantidas as imagens mais nítidas possíveis.




1961 - Valentin Bondarenko

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/thumb/f/f1/Bondarenko_valentin.jpg/220px-Bondarenko_valentin.jpg
Valentin Bondarenko (1937-1961)

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/49/Flag_of_Ukraine.svg/125px-Flag_of_Ukraine.svg.png
Ucrânia

No dia 23 de março de 1961, um incêndio dentro da câmara hermética onde Bondarenko passara dez dias confinado, num exercício de simulação das condições espaciais, provocou queimaduras que o levaram à morte horas depois, no hospital. Valentin Bondarenko foi o mais jovem astronauta a ser selecionado, até hoje. Tinha 24 anos.



1942 - Asteroide 5535 Annefrank

Em plena Segunda Guerra Mundial, no dia 23 de março de 1942, o astrônomo alemão Karl Wilhelm Reinmuth (1892, 1979) descobriu um asteróide com cerca 6,6 x 5,0 x 3,4 km, orbitando no Cinturão Principal. Este asteróide recebeu o nome de Annefrank, em alusão a adolescente alemã de origem judaica que morreu aos 15 anos de idade num campo de concentração.

No dia 2 de novembro de 2002 a sonda Stardust, um projeto do Laboratório de Propulsão a Jato de Pasadena, realizou um "fly by" sobre o asteróide 5535 Annefrank e obeteve esta imagem:

http://stardust.jpl.nasa.gov/photo/annefrank_s.jpghttp://stardust.jpl.nasa.gov/images/home/annefrank1_t.gif



1779 - Edward Pigott localiza M 64 - No dia 23 de março de 1779 o astrônomo britânico Edward Pigott localizou e anotou uma galáxia wspiral situada na constelação de Coma Berenices, que mais tarde foi catalogada como M 64 no catálogo de Messier.


1749 - Pierre Simon, Marquês de Laplace - No dia 23 de março de 1749 nascia wm Beaumont-en-Auge, França, o astrônomo, matemático e físico Pierre Simon. Ele deu grandes contribuições à astronomia estabelecendo um modelo para a formação do Sistema Solar e estudando a dinâmica da ressonância. Viveu entre 1749 e 1827.

http://eternosaprendizes.com/wp-content/uploads/2009/09/Galilean_moon_Laplace_resonance_animation.gif

Laplace estudou a ressonância no modelo jupiteriano Leia mais sobre isso em http://eternosaprendizes.com/2009/09/22/ganimedes-a-maior-lua-do-sistema-solar-visivel-em-detalhe/

http://webpages.math.luc.edu/~ajs/courses/162spring2003/homework/laplace.jpg

22 de março

2006 – Surpresa! Anãs marrons

http://www.eso.org/public/archives/images/newsfeature/eso0611a.jpg

Anãs marrons podem ser de difícil detecção até mesmo para grandes telescópios (http://www.eso.org/public/news/eso0611/)

Durante milênios o homem acreditou que o Universo fosse composto somente daquilo que é visível a olho nu. A noção de que pode haver astros, até mesmo estrelas, flutuando em distâncias menores do que o limite do visível só nasceu com o advento do uso do telescópio. E mesmo depois de aprender a usar o telescópio, ou exatamente por isso, o homem ainda teve surpresas. Ele já estava examinando Urano, as outras galáxias, os sitemas estelares múltiplos... quando de repente topou com os asteróides que praticamente raspam na Terra. E não foi esta a única "topada" com o desconhecido batendo à porta.

No dia 22 de março de 2006, há cinco anos, o European Southern Observatory publicou o resultado de um estudo feito com o uso do Verry Large Telescope de Cerro Paranal, Chile, aplicando o dispositivo NACO (http://www.eso.org/sci/facilities/paranal/instruments/naco/) que constatou a existência de uma estrela anã marrom no 24º sistema estelar mais próximo do Sol.

Anãs marrons são estrelas pequenas e de baixa temperatura, algo como um astro intermediário entre um grande planeta gasoso e uma pequena estrela amarela. Não foi a primeira anã marrom descoberta e nem a mais próxima. A estrela Epsilon B da constelação do Indio é na verdade um sistema composto de duas anãs marrons, situadas a 16 anos-luz do Sol e é possível que existem anãs marrons flutuando por aí, mais próximas do que até hoje era possível supor.

O comunicado do ESO, datado de 22 de março de 2006, chama a atenção para esta surpreendente característica da pesquisa astronômica:

"At a time when astronomers are peering into the most distant Universe, looking at objects as far as 13 billion light-years away, one may think that our close neighbourhood would be very well known. Not so. Astronomers still find new star-like objects in our immediate vicinity. Using ESO's VLT, they just discovered a brown dwarf companion to the red star SCR 1845-6357, the 36th closest star to the Sun."


Departamento de Astronomia da UFRGS - 40 anos

http://www.if.ufrgs.br/ast/images/logo.jpg

http://www.if.ufrgs.br/ast/


A Astronomia na UFRGS existe antes mesmo da formalização institucional da Universidade (fundação do Observatório em 1908, criação da UFRGS em 1934). Em 1971, no quadro da reestruturação das universidades federais, o Instituto de Física recebeu as atribuições didáticas que até então estavam a cargo da Faculdade de Filosofia. Pelo novo estatuto da UFRGS, o número mínimo de departamentos em uma Unidade Universitária seria de dois, já existindo o Departamento de Física. Em conseqüência, considerando que já existia na UFRGS uma atividade consolidada em Astronomia, foi criado o Departamento de Astronomia, ligado ao Instituto de Física, o qual também passou a administrar o Observatório Astronômico.

A primeira reunião do Departamento de Astronomia ocorreu em 22 de março de 1971, e significativamente, teve como local o prédio principal do Observatório do Morro Santana, na época em final de construção. Participaram desta reunião os professores: José Carlos Haertel, Edemundo da Rocha Vieira, Vitor Francisco de Araújo Haertel, e Jorge Alberto Castro de Faria. Estiveram presentes, também, os bolsistas do Instituto de Física, Rogério Livi e Silvia Helena Becker Livi. Nesta reunião foi eleito o primeiro Chefe do Departamento (Prof. José Carlos Haertel), e foram dadas as providências para consolidar as atividades de ensino, pesquisa, e extensão em Astronomia na UFRGS, incluindo: a decisão de construir um fotômetro estelar (inicialmente com o apoio do Observatório de La Plata, Argentina); o aprimoramento do quadro de pesquisadores e o início da pós-graduação (com a vinda, aprovada nesta reunião, dos doutores Federico Strauss e Zulema Abraham); e o oferecimento da disciplina “Introdução à Astronomia”, a cargo do Prof. Edemundo.

O advento da moderna Astrofísica na UFRGS, nestas circunstâncias, deveu-se à criação do Departamento, à qualificação do quadro de docentes e pesquisadores, e à inauguração do Observatório do Morro Santana.


Texto: Prof. Dr. Jorge Ricardo Ducati.